Quanto ainda me resta a dizer que não senti por você. Esse amor está me corroendo, mas não de agora, de vidas passadas e almas penadas, essa dor me engasga, me sufoca e me enrosca em noites infinitas e aflitas, como um bom horrível filme de terror. Tenho toda uma realidade independente deste sentimento, deste encosto, no entanto não sei como vivo, se vivo, se sou. Não sou quem irá dizer que você é meu grande amor, mas sei que algo imenso entre nós foi, longe, longe, bem distante, onde não me lembro mais. Tão desconexo quanto este calor em meu peito, ou seios, não sei, talvez platônico, talvez carnal, são esses anseios traduzidos em texto, tão misturados, tanto receio. De quê, não sei, meu Deus! Mas assim é, só assim sei sentir. O amor.
As palavras têm vontade própria, o escritor é apenas o meio pelo qual elas ganham vida. Tanto para quem lê, quanto para quem escreve, um texto, quando puro e verdadeira expressão de sentimentos, tem a força de emocionar e inspirar. Assim escrevo, assim espero. Assim existo. Nas palavras.