E tudo terminou. É o Fim. O Fim com letra maiúscula. Acabou. A dor chegou, o sonho acabou, toda verdade virou mentira. Arrancaram o amor, cortaram com faca cega uma parte do coração, que agora sangra, sangra, dói, se esvai em lágrimas e arrependimentos. De tudo o que disse, que prometeu, que acreditou, que planejou, que não falou. E dói tanto que parece mesmo que o Fim na verdade é um começo, o início de uma penitência, de um castigo infernal. Não é possível vislumbrar que o Fim também tenha um fim, que um dia ele acabe, deixe de ser importante, e vire pedra de transposição. E quando mais a frente, bem longe desse Fim, lembrarmos tudo o que foi antes, durante e depois dele, acharemos graça dos exageros, saudades dos momentos felizes, e gratidão pelo o que foi e não foi, pelo o que deixou de ser. Porque no fim das contas, tudo chega ao fim, mesmo quando não acaba. A paquera passa, começa o namoro. Do namoro, se vingar, vem o noivado, do noivado o casamento, no casamento a lua de me...
As palavras têm vontade própria, o escritor é apenas o meio pelo qual elas ganham vida. Tanto para quem lê, quanto para quem escreve, um texto, quando puro e verdadeira expressão de sentimentos, tem a força de emocionar e inspirar. Assim escrevo, assim espero. Assim existo. Nas palavras.