E agora quero me declarar de forma nunca dita antes.
Para que me repetirei em exemplos ou analogias,
Se posso inovar e com sinceridade surpreender?
Posso inventar agora uma letra de música,
Que combine mais com a nossa história,
Sem, no entanto, te revelar.
Se nosso caso é deja vu, pelo menos é verossímil,
E o mais importante agora é descobrir se é de verdade,
Ou se tudo até aqui foi mero passatempo.
E formular uma maneira de chegar a uma conclusão,
Sem me esquecer que no meio da música haverá que ter refrão
Então eu canto, sem jeito, este refrão desengonçado
Só para dizer que sinto por você um treco qualquer descontrolado
Mas não sei se é amor, nem sei o que é o amor.
Só sei que quando te vejo, meu peito bate envergonhado.
E assim, sem jeito e piegas, recheada de rimas fracas,
Escrevi essa letra desconexa,
Me expondo em caricatura, me exibindo sem receio,
Para você se compadecer e musicar a minha lírica.
Em clave de sol, clara e radiante,
Mas só com as boas notas dissonantes,
Numa escala ascendente e melodia adocicada.
Como um perfume barato, que impregna o ar e a memória.
E com arranjo, por favor, para enriquecer a composição.
Então eu cantarei, sem jeito, este refrão envergonhado.
Só para dizer que sinto por você um amor desengonçado.
E agora sei o que é o amor, agora sei que é amor.
E toda vez que eu te vejo, meu peito bate descontrolado.
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