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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Presentes que a Vida te Dá

Desde que resolvi me declarar escritora e trabalhar em casa tenho saído muito pouco durante o dia. Tento resolver o máximo possível desde de casa e evitar trânsito, ruas apinhadas, comércio, calor e filas. Tenho tentado, mas não tenho conseguido muito. Pois bem! Eis que em mais uma destas tentativas fracassadas, lá estava eu a caminho do centro da cidade às duas horas da tarde de uma quarta-feira. Decidi ir de ônibus, porque era mais barato, eu não estava com pressa e porque ainda estou traumatizada com o metrô (história para outra crônica, quando eu estiver menos traumatizada e já puder fazer piada a respeito do ocorrido). Mas de volta ao ônibus: estava eu sentada na poltrona do corredor, escrevendo em meu caderno de anotações idéias para minhas próximas crônicas, quando de repente, um vento forte e quente balançou as árvores na rua, levantou lixo que estava espalhado pelo chão, a saia de uma pedestre e deixou ainda mais confusa aquela tarde engarrafada e calorenta. O calor que est...

Fábula Verídica em um Rio Africano

Ungulados são animais de uma antiga classificação científica, que assim dividia os mamíferos de acordo com seu casco. Ungulados são os cavalos, os gnus, os bois e os hipopótamos, entre outros. Com um, dois ou três dedos, eram todos herbívoros, mas nem todos pastavam. Caído o uso da tal classificação, mamíferos ainda assim são chamados de ungulados, mesmo que alguns também habitem os mares. Interessante compreender a relação entre os seres vivos e perceber o quão próximos estamos um dos outros. Mesmo se herbívoros ou carnívoros, terrestres ou marítimos, todos de alguma forma descendemos de uma mesma origem. Não que sejamos todos ungulados, mas somos todos animais. E com muitas similaridades, sem dúvida, embora tão improvável. Observamos e estudamos os selvagens e os domesticados e estamos sempre surpreendendo-nos com suas demonstrações de inteligência, afetuosidade, evolução e por que não, humanidade.

O Amor e a Alegria. A Providência contra o Destino

No princípio dos tempos, quando não havia nada e o mundo ainda aguardava ser criado, uma centelha brilhante, do tamanho de um grão de areia, aguardava o momento de florescer. Naquela época reinavam no cosmo os irmãos Destino e Providência, e o Destino determinou que aquela centelha fosse um casal, que habitaria o mundo quando este já estivesse completamente finalizado e devidamente populado. A providência, romântica que era, aprovou com entusiasmo a idéia, e lhes fez bonitos, muito bonitos, invejáveis.

Inversão de Papéis

Nascemos todos indefesos, uns mais que outros até. Somos talvez a espécie animal mais frágil ao nascer, mais dependente dos pais. Nossa origem é das mais variadas também. Desejados, imprevistos, programados, manufaturados, inseminados, adotados, acidentes. Os mais afortunados, graças que ainda seja a maioria, de uma forma ou de outra terão pai e mãe. E aí somos criados. Com ou sem experiência, somos sempre cobaias dos próprios pais, depositórios de desejos, expectativas, frustrações, válvulas de escape, experimentos da última novidade em pedagogia.