Desde que resolvi me declarar escritora e trabalhar em casa tenho saído muito pouco durante o dia. Tento resolver o máximo possível desde de casa e evitar trânsito, ruas apinhadas, comércio, calor e filas. Tenho tentado, mas não tenho conseguido muito. Pois bem! Eis que em mais uma destas tentativas fracassadas, lá estava eu a caminho do centro da cidade às duas horas da tarde de uma quarta-feira. Decidi ir de ônibus, porque era mais barato, eu não estava com pressa e porque ainda estou traumatizada com o metrô (história para outra crônica, quando eu estiver menos traumatizada e já puder fazer piada a respeito do ocorrido). Mas de volta ao ônibus: estava eu sentada na poltrona do corredor, escrevendo em meu caderno de anotações idéias para minhas próximas crônicas, quando de repente, um vento forte e quente balançou as árvores na rua, levantou lixo que estava espalhado pelo chão, a saia de uma pedestre e deixou ainda mais confusa aquela tarde engarrafada e calorenta. O calor que est...
As palavras têm vontade própria, o escritor é apenas o meio pelo qual elas ganham vida. Tanto para quem lê, quanto para quem escreve, um texto, quando puro e verdadeira expressão de sentimentos, tem a força de emocionar e inspirar. Assim escrevo, assim espero. Assim existo. Nas palavras.