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Mostrando postagens de agosto, 2010

Da Sacada

Daqui eu vejo árvores, vejo a praia e vejo o céu. Ouço carros, passarinhos e aviões. Sinto o sol me aquecendo, o vento refrescando, às vezes a chuva vem molhar. Neste pedaço tão curtinho, nesta hora demorada, tem poesia, tem banquinho e Corcovado. Só não tem você. Nem violão.

Presente de Aniversário de Dez Anos

Iria completar 10 anos e queria de presente um passeio pela Mesbla para comprar roupas novas. Só isso. Era pedir demais? Nem queria festa, só as roupas, mas umas dez peças, pelo menos. Já tinha pronta a lista. Seu pequeno núcleo familiar, composto dela, sua mãe, seu pai e o cachorro, viviam isolados do restante da família, mas as reuniões nos fins de ano ajudavam a realçar a diferença social em que se encontravam. Uma diferença que na verdade era apenas denotada por causa do arroubo intelectual prepotente do seu pai e dos delírios artísticos de sua mãe, mas de fato, seus primos tinham até mais fartura. Ou seja, viviam em um status intelectual e social não condizente com sua realidade, moravam na praia enquanto o restante da família era de Minas Gerais. Falavam inglês, liam livros, mas só, o nível era o mesmo. Essa era a idéia que teria de sua família e de seus pais, até o dia do seu décimo aniversário. Neste dia, ela recebeu um presente que iria mudar seu conceito para sempre.

Escrever é uma Delícia

Ser escritora é um prazer, pois escrever é uma delícia. Passar para o papel o inimaginável, Transformar idéias em vidas, Criar personagens e lugares, Brincar com as palavras e com a emoção. Sentir orgulho de tudo o que escrevo Como se fossem meus filhos. E todos primogênitos.

O Que É Bom

Adoro listas, sempre adorei. As faço desde que aprendi a escrever. É lista pra tudo: para o que eu gosto, para o que quero, para o que vou comprar, o que quero alcançar, livros a ler, filmes a ver. Muito antes do livro 1001 Lugares, os 1000 mais disso, os 1000 daquilo, eu já fazia minhas listas. Elas me dão uma sensação de que estou no caminho de conseguir o que quero e cada item alcançado me dá uma sensação de realização muito gostosa.

Encontro Improvável

Márcio saiu correndo do escritório, tentando fugir de Rodolfo, seu companheiro habitual de almoço, ia ser difícil despistá-lo, mas... Não teve jeito, deu de cara com ele no elevador. - Ué, Márcio, já tá indo para o almoço, mas ainda não são nem meio-dia? Espera um pouco, vou pegar meu paletó. Ei, onde está sua gravata, tirou para ir almoçar? - É, não, quer dizer: olha, Rodolfo, não estou indo almoçar, meu dentista abriu um horário agora, e estou indo para lá. A gente almoça amanhã. Tá calor, né! Por isso tirei a gravata. - Que calor, Márcio, tá 19 graus lá fora, nem parece o Rio! Dentista? Sei. Qual é, Márcio, me diz logo o nome dela? Você vai almoçar com alguma mulher, não é, fala a verdade. Pô, ela não tem uma amiga, não?