Abre os olhos e sorri. Mais um dia, mais uma vez, mais um pouco da alegria. Sai para trabalhar, enfrenta trânsito, mau humor, injustiças, muito trabalho, pouco dinheiro, mas se sente rico no amar, na sorte, na fartura, na saúde e no espírito. Está com suas responsabilidades atendidas, não deve nada a ninguém, não sofre com ansiedade, pois ama tudo o que tem, e só deseja mais condição para aproveitar melhor sua vida, daquele jeito mesmo, sem maiores melhorias. Passa o almoço, metade da tarefa está comprida, agora é esperar o tempo trazer o momento de finalmente voltar para seu recanto, onde se sente dono, se sente quente e seguro. Com um olho no relógio e o outro no pensamento, leva no automático a condução das suas obrigações, tão mecânicas que não carecem de maiores concentrações.
As palavras têm vontade própria, o escritor é apenas o meio pelo qual elas ganham vida. Tanto para quem lê, quanto para quem escreve, um texto, quando puro e verdadeira expressão de sentimentos, tem a força de emocionar e inspirar. Assim escrevo, assim espero. Assim existo. Nas palavras.