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Hiato

Breve pausa, descanso. Ausência leve sem saudade. Folga na imagem. Recanto. Menos que separação. Mais que um dia. Mas merecida, necessária e consentida.

Nesse hiato, reflexões, definições e decisões. Muitas revisões. Importantes realizações. Algum plano, uma ou duas divergências e várias trilhas em perspectivas.

No fim, apenas uma certeza: amor. Na partida, na saída e como fim. No pensar, no agir, ao escrever e até no transgredir. Por que não?

A maldade é inteligente, esperta, leva vantagem, precisa de coragem. Até para ser covarde. A crueldade, o cinismo, a dureza são fortes, todos com ares de intelectuais, inteligentes, sabem mais, se dão bem.

O amor não. É patético, bobão, babão, piegas. Fraco, fraco. Sente pena, se identifica, se entrega, se mata para salvar. Morre.

Na dicotomia, a dúvida. De ser, representar, pertencer. Falar do mau, falar mal, ser piegas ou romântico. A polêmica ou o lugar comum.

No antagonismo, o encontro, a personalidade definida, o achado. Depois do hiato, o retorno. No retorno um sentido. No presente a descoberta. O do eu próprio, da razão e do objetivo disso tudo. Ser amor, falar de amor, ser amado. Amar.

Comentários

cacate disse…
Que bom ter suas palavras de volta...
Desejo uma especial sexta-feira...
transbordando de amor.
Anônimo disse…
Obrigada, amiga. O seu apoio é nutritivo, alimenta minha inspiração.

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