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Mostrando postagens de setembro, 2010

O Casamento

Esta é uma história insólita, mas até mesmo por isso, merece ser contada. Nossa rotina tão dura, onde os relatos de casos violentos que ocorrem diariamente parecem ser até mais inverossímeis, merece uma fábula insólita, leve e inocente. E assim é esta nossa história. Nossa história começa em um dia de grande movimento turístico no Corcovado. Lá estava nosso herói Cris, como eu o chamo na intimidade, magnânimo, altivo e impassível a toda a comoção e flashes. No fundo, muito entediado. Passado o afã de sua eleição a uma das sete novas maravilhas do mundo, estava de volta à sua rotina enfadonha. Nem a vista estava inspiradora nesse dia. De fato, estava um pouco nublado.

Impressões sobre viagens II

Milonga Miaperta e Mileva Daqui Quinta-feira em Buenos Aires, dezoito deliciosos graus aquecidos com vinho no café, no almoço e no lanche da tarde, havia chegado a hora de sacudir o tanino numa noitada tipicamente portenha. Nada de show lasveguiano de malabaristas imitando tangueiros. Queríamos a realidade, a verdadeira arte de los hermanos. Não queríamos confiar no duvidoso guia escrito em inglês, então fomos perguntar aos nem tão simpáticos recepcionistas do nosso hotel. Estava confirmado o programa da noite: Grán Salón Canning, a milonga mais tradicional de Buenos Aires. E para lá fomos, ávidos e curiosos. Talvez até arriscássemos uns passinhos.

Impressões sobre viagens I

Reflexões sobre uma visita ao prédio mais antigo de Buenos Aires. Plantas no jarro são como pássaros na gaiola. Ainda me impressiono com a magnitude e a magnificência das construções Quinhentistas, Seiscentistas, Setecentistas, e aí por diante, mas sempre me pergunto: Qual foi o preço? A que custo? Quantas vidas e a quanto sofrimento? Ainda hoje, o europeu manda e o Índio serve. O branco é o dono e o negro é pobre. Resta-nos ao menos o consolo que todo sofrimento serviu para eternizar as obras que hoje nos encantam e que duram já mais até que este nosso próprio mundo moribundo.

Humor Octogenário

Mau Humor Octogenário Acordar e me arrumar! Arrumar coragem. Encarar tudo de novo, mas nada é novo, tudo é velho, eu sou velho, me sinto velho. Os filhos estão criados, mas os problemas continuam, agora há os netos. Estou aposentado, mas ainda trabalho e me preocupo com vencimentos e compromissos. Estou cansado. Acordar, trabalhar, dormir. E ter que acordar de novo. É cansativo. Todo dia, tudo de novo.