Reflexões sobre uma visita ao prédio mais antigo de Buenos Aires.
É ocre e duro, e é só esqueleto.
Beleza rude sem acabamento.
Seu encanto é sua idade,
Reflexo da dor e vida de muitos.
E muitos...
Cujas almas e essências são o cimento de tantas paredes,
Que por eles persistem.
E eles, que hoje somos nós,
Reconhecem o valor do sangue derramado,
E por isso cuidam,
Agora preservam.
Madeira é carne petrificada de ser aniquilado.
É um fóssil.
Mas ainda assim é viva e quente.
Antes permanecesse árvore, que gerasse frutos.
E que ainda vivessemos sob sua copa
Em inocência e puros.
Plantas no jarro são como pássaros na gaiola. Ainda me impressiono com a magnitude e a magnificência das construções Quinhentistas, Seiscentistas, Setecentistas, e aí por diante, mas sempre me pergunto: Qual foi o preço? A que custo? Quantas vidas e a quanto sofrimento? Ainda hoje, o europeu manda e o Índio serve. O branco é o dono e o negro é pobre. Resta-nos ao menos o consolo que todo sofrimento serviu para eternizar as obras que hoje nos encantam e que duram já mais até que este nosso próprio mundo moribundo.
É ocre e duro, e é só esqueleto.
Beleza rude sem acabamento.
Seu encanto é sua idade,
Reflexo da dor e vida de muitos.
E muitos...
Cujas almas e essências são o cimento de tantas paredes,
Que por eles persistem.
E eles, que hoje somos nós,
Reconhecem o valor do sangue derramado,
E por isso cuidam,
Agora preservam.
Madeira é carne petrificada de ser aniquilado.
É um fóssil.
Mas ainda assim é viva e quente.
Antes permanecesse árvore, que gerasse frutos.
E que ainda vivessemos sob sua copa
Em inocência e puros.
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