O dia amanhece e acordamos preguiçosos. A noite foi um sonho profundo, longo, macio e gostoso. Lá fora é verão, mas há dois dias que chove. Muito embora chova, ainda assim é verão e, portanto, está quente. Mas aqui dentro, não. Aqui dentro o ar condicionado gela o ambiente e embaixo do edredom está aconchegante. Eu já acordei a mais de uma hora atrás, mas insisto em continuar sonhando. Você começa a se mexer e eu finjo que ainda durmo. Não quero me levantar, a única coisa que nos aguarda são compromissos, trabalho, trânsito e estresse. Mas não adianta pedir, você já está de pé e pronto para começar a cumprir sua lista de tarefas, e tudo o que eu queria era continuar aqui nesse recanto curtindo você. Sua primeira linha forte de argumentação: viver o presente, não deixar para amanhã o que deve ser feito hoje. Minha defesa: só mais um pouquinho! Você discorre sobre todas as implicações decorrentes de deixar para amanhã o que deve ser feito hoje, recrimina a procrastinação, aponta para a ...
As palavras têm vontade própria, o escritor é apenas o meio pelo qual elas ganham vida. Tanto para quem lê, quanto para quem escreve, um texto, quando puro e verdadeira expressão de sentimentos, tem a força de emocionar e inspirar. Assim escrevo, assim espero. Assim existo. Nas palavras.